Este blog foi criado pelos alunos do espaço das Ciências da Escola EB 2/3 de Olival, Vila Nova de Gaia, Portugal com o objectivo de promover o intercâmbio de conhecimentos acerca das plantas medicinais, plantas aromáticas e Garcia d'Orta, no âmbito do projecto "Europa das Descobertas"

sábado, 30 de abril de 2011

Plantas medicinais- FUNCHO



O Ricardo esteve muito entusiasmado na descoberta do funcho.
Sabiam que esta planta originou o nome da capital da região autónoma da Madeira que se chama Funchal?
Segundo os antigos cronistas, a designação de Funchal deve-se aos primeiros povoadores que, ao desembarcar neste lugar, depararam com a grande abundância de funcho, uma erva bravia com cheiro adocicado, que abundantemente existia no vale, na área do primitivo burgo.

Já agora, recomenda-se que,na vossa próxima visita a esta ilha, experimentem os rebuçados de funcho. São deliciosos!

O funcho, também conhecido por anis-doce, erva-doce, maratro ou finóquio, ou fiuncho, é o nome dado à espécie herbácea Foeniculum vulgare Mill. (sinónimo taxonómico de Anethum foeniculum L. e de Foeniculum officinale L.) uma umbelífera fortemente aromática comestível utilizada em culinária, em perfumaria e como aromatizante no fabrico de bebidas espirituosas e planta medicinal. O funcho é nativo da bacia do Mediterrâneo, com variedades na Macaronésia e no Médio Oriente, onde ocorre no estado silvestre, mas é hoje cultivado, sob diversas formas varietais, em todas as regiões temperadas e subtropicais.

Descrição

O funcho é uma planta herbácea perene, de caules erectos múltiplos, com até dois metros de altura (mas em geral com menos de 80 centímetros), de cor verde intenso, por vezes glauco, tornando-se azulada quando em locais expostos à secura e a intensa radiação solar.
As folhas são longas (até 40 cm) e delgadas, finamente dissecadas, terminando em segmentos filiformes a aciculares (com cerca de 0,5 mm de diâmetro), muito flexíveis, mas que, quando expostos à secura, endurecem exteriormente para evitar a perda de água.
Produz inflorescências terminais compostas, umbeliformes, com 5 a 15 cm de diâmetro, contendo 20 a 50 flores pediceladas inseridas num único ponto do ápice da inflorescência, sobre pedúnculos curtos. As flores são minúsculas têm de 2 a 5 mm de diâmetro, amarelo a amarelo-esverdeadas.
O fruto é uma semente seca, fortemente aromática, ovóide, de 4 a 9 mm de comprimento e 2 a 4 mm de largura, achatada e com entalhes longitudinais simétricos em ambos os lados.
A raiz é rizomatosa, esbranquiçada e muito suculenta, armazenado grande quantidade de água.
O cheiro e sabor característicos (em geral designados por "anis" ou "erva-doce") resultam da presença de anetol, um composto fortemente aromatizante.
A maioria dos botânicos tende a considerar o Foeniculum vulgare como a única espécie legítima do género, considerando as outras espécies descritas como meras formas. Assim, apesar das grandes diferenças morfológicas, de teor em óleos essenciais e de sabor e cheiro, as espécies antes descritas neste género parecem ser meras subespécies ou variedades de F. vulgare.
Dadas a presenças de óleos essenciais, a planta é muito resistente ao ataque de insectos herbívoros, sendo contudo hospedeira de alguns lepidópteros especificamente adaptados às suas características bioquímicas, incluindo formas larvais da Amphipyra tragopoginis e da Papilio zelicaon (que apenas se alimentam de umbelíferas.
Dado o seu cheiro a anis, a planta é por vezes confundida com a Pimpinella anisum (o anis), uma espécie aparentada, mas muito diferente.

Cultura e utilização

É frequentemente utilizada em pequenas quantidades na cozinha mediterrânica como planta aromatizante, particularmente os das variedades menos ricas em óleos essenciais, serem consumidos em fresco como parte de saladas.
Pode também ser incorporado em sopas, em particular sopas destinadas a serem consumidas frias. Um dos pratos típicos dos Açores é uma sopa de feijão e inhame com folhas e caules tenros de funcho.
É frequente o seu uso como aromatizante em molhos, conservas de vegetais, curtumes e outros preparados semelhantes. Usada em baixas concentrações dá um aroma e sabor discretos, semelhante ao mentolado, mas bastante mais suave e doce.
As sementes secas são utilizadas em chás e tisanas e como aromatizante em licores e bebidas alcoólicas destiladas (como a aquavit).
Na Índia e China as sementes moídas são utilizadas para a produção de condimentos e especiarias, recebendo a designação de saunf ou moti saunf.
As suas raízes são consideradas como tendo propriedades diuréticas, sendo por esta razão comercializadas pelas ervanárias. O chá de semente de funcho é utilizado para reduzir os gases intestinais, incluindo na primeira infância e em crianças lactentes.
O anetol, o composto que lhe dá o cheiro e sabor característicos, é considerado estimulante das funções digestivas e carminativo (tem a propriedade de expulsar os gases do intestino).
Em concentrações elevadas os óleos essenciais do funcho apresentam actividade insecticida. Este óleo faz parte da farmacopeia europeia.
Em perfumaria os óleos essenciais do funcho são utilizados para perfumar pastas dentífricas, champôs e sabonetes.

Variedades

Pelas suas características aromáticas e pelos usos medicinais do anetol, o funcho tem sido utilizado desde a antiguidade, sendo já cultivado no Antigo Egipto.
Na Grécia Antiga era designado por μάραθον (marathon), estando na origem do nome Maratona (que afinal, em português seria Funchal), o local da mítica batalha de Maratona travada em 490 a.C. entre gregos e persas. A mitologia grega diz que Prometeu usou um talo de funcho para roubar fogo dos deuses.
Existem múltiplas variedades cultivadas, a maior parte das quais seleccionadas pela doçura e baixa concentração de anetol, o que permite o consumo em saladas.
Outras espécies são seleccionados para a obtenção de grandes concentrações de óleos essenciais, sendo utilizados para perfumaria e para a produção de condimentos.
Uma variedade de funcho, originária da Macaronésia e designada por F. vulgare azoricum (Mill.) Thell., caracterizada por caules mais suculentos e doces e menor concentração de óleos essenciais, o que os torna facilmente comestível em fresco, é hoje comercializada com a designação varietal de Florence. Esta forma da planta é espontânea nos Açores e na Madeira. A sua abundância está na origem do nome da cidade do Funchal, a actual capital madeirense.

Plantas medicinais- ALECRIM

Aqui está mais um trabalho,resultado da pesquisa feita pelo Vasco.


O alecrim é um arbusto comum na região do Mediterrâneo ocorrendo dos 0 a 1500 m de altitude, preferencialmente em solos de origem calcária. Devido ao seu aroma característico, os romanos designavam-no como rosmaninhos, que em latim significa orvalho do mar.
O nome alecrim é por vezes usado para referir outras espécies, nomeadamente o rosmaninho, que possui exactamente o étimo rosmaninhos No entanto estas espécies de plantas, alecrim e rosmaninho, pertencem a dois géneros distintos, Rosmarinus e Lavandula, respectivamente, e as suas morfologias denotam diferenças entre as duas espécies, em particular, a forma, coloração e inserção da flor.

Descrição


O alecrim é um arbusto muito ramificado, sempre verde, com hastes lenhosas, folhas pequenas e finas, opostas, lanceoladas. A parte inferior das folhas é de cor verde-acinzentada, enquanto a superior é quase prateada. As flores reúnem-se em espiguilhas terminais e são de cor azul ou esbranquiçada. Floresce quase todo o ano e não necessita de cuidados especiais nos jardins.
Toda a planta exala um aroma forte e agradável. Utilizada com fins culinários, medicinais, religiosos, a sua essência também é utilizada em perfumaria, como por exemplo, na produção da água-de-colônia, pois contém tanino, óleo essencial, pineno, cânfora e outros princípios activos que lhe conferem propriedades excitantes, tónicas e estimulantes.
A sua flor é muita apreciada pelas abelhas produzindo assim um mel de extrema qualidade. Há quem plante alecrim perto de apiários (grupo de colmeias), para influenciar o sabor do mel.
Cultivo
Devido à sua atractividade estética e razoável tolerância à seca, é utilizado em arquitectura paisagista, especialmente em áreas com clima mediterrânico. É considerada fácil de cultivar para jardineiros principiantes, tendo uma boa tolerância a pragas.
O alecrim é facilmente podado em diferentes formas e tem sido utilizado em topiaria (especialidade de jardinagem; arte de cortar ou podar plantas, dando-lhes configurações diversas) .Quando cultivado em vasos, deverá ser mantido de preferência aparado, de forma a evitar o crescimento excessivo e a perda de folhas nos seus ramos interiores e inferiores, o que poderá torná-lo um arbusto sem forma e rebelde. Apesar disso, quando cultivado em jardim, o alecrim pode crescer até um tamanho considerável e continuar uma planta atraente.
Pode ser propagado a partir de uma planta já existente, através do corte de um ramo novo com cerca de 10–15 cm, retirando algumas folhas da base e plantando directamente no solo.

As seguintes espécies são frequentes para uso em jardim:
• Albus - flores brancas
• Arp - folhas verde-claro, fragrância a limão
• Aureus - folhas com pintas amarelas
• Benenden Blue - folhas estreitas, verde-azulado-escuro
• Blue Boy - anã, folhas pequenas
• Golden Rain - folhas verdes, com raios amarelos
• Irene - ramagem laxa, rastejante
• Lockwood de Forest - selecçao procumbente (rastejante) de Tuscan Blue
• Ken Taylor - arbustiva
• Majorica Pink - flores cor-de-rosa
• Miss Jessop's Upright - alta, erecta
• Pinkie - flores cor-de-rosa
• Prostratus
• Pyramidalis (também conhecida como Erectus) - flores azul-pálido
• Roseus - flores cor-de-rosa
• Salem - flores azul-pálido, resitente ao frio e semelhante à Arp
• Severn Sea - baixa, espalhando-se e enraizando-se pelo solo, com ramos em arco; flores violeta profundo
• Tuscan Blue - erecta

Utilização culinária


O alecrim natural (preferencialmente) ou seco, é apreciado na preparação de aves, caça, carne de porco, salsichas, linguiças e batatas assadas. Na Itália é utilizado em assados de carneiro, cabrito e vitela. Em churrascos, recomenda-se espalhar um bom punhado sobre as brasas do carvão aceso, perfumando a carne e difundindo um agradável odor no ambiente. Pode ser utilizado ainda em sopas e molhos.



Aplicações medicinais




A medicina popular recomenda o alecrim como um estimulante às pessoas atacadas de debilidade, sendo empregado também para combater as febres intermitentes e a febre tifóide.
Uma tosse pertinaz desaparecerá com infusões de alecrim, que também se recomendam a todas as pessoas cujo estômago seja preguiçoso para digerir.
Também apresenta propriedades desinfectantes e aromáticas. É ainda relaxante muscular, activador da memória e fortalece os músculos do coração. Cientistas referem que, ramos de alecrim deveriam ser pendurados em oficinas e áreas onde crianças fazem tarefas escolares para um melhor funcionamento da memoria.
Uma infusão de alecrim faz-se com 4 gramas de folhas por uma chávena de água a ferver. Toma-se depois das refeições.




Alecrim, alecrim aos molhos,
Por causa de ti choram os meus olhos.
Ai, meu amor, quem te disse a ti
Que a flor do monte era o alecrim?!

Alecrim, alecrim dourado,
que nasce no monte sem ser semeado.
Ai, meu amor, quem te disse a ti
que a flor do monte era o alecrim?!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A Ana Sofia e a Sandra andaram à descoberta do sinónimo de plantas medicinais. Aqui está o seu trabalho.
Sabiam que da mesma planta ( Camellia Sinensis)  se podem elaborar vários  tipos de chá, entre eles, o chá preto, o chá verede e o chá branco?


http://pt.scribd.com/doc/52690200/As-Plantas-Medicinais

domingo, 3 de abril de 2011

Registo das nossas descobertas

Estivemos a medir as nossas plantinhas. O funcho já mede 23,5cm, a salva mede 12,5cm e a camomila mede 1,5cm. Aguardamos pelo despontar das outras plantas. Já conseguimos secar um exemplar de funcho e outro de salva para serem utilizados no herbário.


Recepção às Dáfnias

Chegou o momento pelo qual esperávamos. As dáfnias chegaram ontem e hoje já conseguimos filmar os seus movimentos.
Como ainda nos falta alguma prática, não conseguimos, ainda, fazer a contagem dos seus batimentos cardíacos.
Vamos ter que fazer nova tentativa, para depois podermos comparar esta contagem com a contagem de batimentos cardíacos, após a dáfnia ter estado em contacto com alguns chás.

sábado, 2 de abril de 2011

Evolução das nossas plantinhas

Como estamos a gostar desta actividade, a Sara resolveu trazer mais três espécies de plantas com uso medicinal e arranjámos sítio para elas!

Hoje, a Sara e o Jorge estiveram a cuidar (regar) das  plantinhas. As novas aquisições- camomila, alecrim e erva cidreira- também já começam a querer espreitar. O alecrim está a ser o mais "preguiçoso".





Entretento continuamos a fazer registos das descobertas que vamos fazendo acerca delas.


As nossas experiências

Somos um dos grupos do espaço das Ciências,  constituído pela Sara, Daniel, António, Vasco, Cristiana Lei e Ricardo. Estamos a trabalhar no projecto`"Europa das Descobertas". Começamos por pesquisar informação relativamente a plantas medicinais. Encontrámos muita informação interessante. Descobrimos que há muitas plantas que nos podem ajudar a melhorar o estado de saúde. Resolvemos seleccionar algumas e saber mais alguma coisa sobre elas.
Foram distribuídas tarefas pelos elementos do grupo e , cada um de nós , está encarregue de trabalhar sobre uma  das espécies de plantas seleccionadas.
Para começar, o Daniel trouxe sementes de salva e de funcho que semeámos em  tabuleiros diferentes.
Foram colocados à luz e regados com regularidade.

Temos regado as nossas plantinhas duas vezes por semana e vamos controlando o seu crescimento.


Como podem ver, as nossas plantinhas já começaram a "espreitar". O funcho tem -se comportado como o  mais espevitado, pois já está com 7,5cm . A salva fica-se pelos 3cm.